quinta-feira, outubro 27
então um dia, sem mais nem menos, você se convence que é melhor desistir. parece tão natural. porque não fez isso antes? esquecer foi mais rápido do que tentar cultivar esse sentimento, para que ele sempre ficasse limpo e puro.
mais fácil porque você cuidava de todas essas insonias, preocupações e zonzeiras sozinha. é, você fazia isso sozinha.
então você desiste, alivia, seu peso. foi tão fácil, e você se recusava tanto. resistia até não ter mais argumentos. arrumava desculpas para as mancadas dele, e ele nem se preocupava em tentar concertar os erros, os estragos ou todos os pensamentos inúteis que se criava, por ele, pelas inúmeras ligações rejeitadas dele. você mesma fazia seus próprios curativos para que ele não tivesse nenhum outro trabalho, a não ser vir até você novamente, da forma mais vazia e sem escapatória possível. complicado não? não foi mais fácil desistir?
olhe para essa expressão de leveza, esse sorriso tranquilo. quantas vezes sorriu assim perto dele? quantas vezes você sentiu tamanha paz, desde que ele entrou na sua vida? você só fazia arrumar pretextos inexistentes, porque mais uma vez, você ficou esperando arrumada, perfumada e com o coração na mão. esse tempo já se foi, e você de repente não precisa mais esperar por ele, por ninguém... voa!
Aline Tófalo.
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