ultimamente, muita coisa tem testado minha paciência, minha fé e minha auto suficiência.
ultimamente, algumas coisas, para darem certo, tem dado voltas e voltas e mais voltas... tem demorado muito, dificultado muito! não está simples, simplesmente.
confesso que há pelo menos duas semanas tenho evitado escrever. talvez por medo de começar, entender o que está acontecendo, e não gostar; ou talvez por medo do que possa acabar saindo; talvez por não querer saber o que está acontecendo, ou talvez por tudo isso junto e mais alguma coisa que estou evitando pensar.
sempre fui dona das minhas vontades, e nunca suportei exprimi-las, como nunca suportei depender: depender de alguém, de um lugar, de uma situação, de sentir.
nunca suportei precisar de algo ou alguém. me treinei pra me querer, me amar e me respeitar, antes de qualquer coisa.
o que incomoda mesmo, é essa fragilidade que tem assombrado alguns dos meus dias, me tornando idiotamente emotiva, emotiva o suficiente pra querer talvez, algo, alguém, que me conforte ou ao menos amenize. totalmente atípico!
tem me incomodado também, alguns desses choros repentinos e muitas vezes sem motivos, talvez sem motivos obvieis.

nunca gostei que me encarassem, que batessem de frente comigo. me acostumei em quase todas as ocasiões ser a dona da ultima palavra. e todas as vezes que tentei me enfrentar, nunca consegui ir até o fim. não é fácil...
mas eu tô querendo alguém que me mostre alguma verdade, que não só mostre, mas que esfregue minha cara. (que não seja meu pai) quero alguém por perto que tenha um NÃO maior e

 mais alto que o meu, que me intimide da forma certa. que não me faça temer, mas que não coloque todas as decisões a serem tomadas, na minha mão. quero alguém por perto que desafie quem eu sou e faça eu ser alguém melhor, mas que não me obrigue à isso. esse "alguém" que tanto falo, não tem nome, não tem rosto, não tem titulo.. o "querer alguém por perto" pode ser uma amiga, ou quem sabe alguns ou muitos amigos... porque não alguém que divido alguns chamegos ou beijinhos? quem sabe minha mãe, (claro, se ela conseguisse ouvir alguém, além dela mesma...) querer alguém, sem saber quem, é o mal de quem vive sozinho. a gente não vê rostos, mas imagina claramente um dialogo concretizado num domingo a noite, depois que tudo já estiver em seu lugar. é a falta de falar, de ouvir, da voz sair e se sentir observada. falta de dizer pra onde vai e dar tchau quando sai, e dar oi quando volta.
bom, tudo isso parece simples: " taí, ela sabe o que quer, agora é só ir atrás " realmente seria simples, se eu não tivesse aprendido desde o começo que, precisar de alguém, mesmo que você não saiba quem .. depender de algo que não está em suas mãos pra ficar bem ou amenizar algum desconforto, é um dos maiores erros e desiquilíbrios que se pode cometer. já aprendi isso, porque regredir agora?olha eu aqui, precisando de um veneno mais forte do que, eu, por natureza possuo.
tem me incomodado também não conseguir terminar nada do que começo a fazer.
começo a arrumar o quarto e alguns pensamentos, então eu paro, sento, e fico só com os pensamentos. depois, venho releio, dou continuidade a esse texto, e quando fica complicado demais encara-lo, volto pro quarto. no fim do dia, tudo está do mesmo jeito: inacabado, pela metade, mal feito!


bom, em dois dias o texto foi postado sem alterações, e grande parte do meu quarto foi para o lixo. mas as ideias.. ahh, continuam um caos!
Aline Tófalo - ALINE POR ALINE