o vi naquele meio, sentado em um bar, tomando uma dose tripla de whisky. respirava fundo e passava a mão pelos cabelos olhando pra baixo em quanto tomava fôlego pra próxima dose tripla. o tipo perfeito.
me aproximei e pedi o mesmo. ele olhou para mim, mas não me notou. eu disse
- um brinde ao desamor!
ele levantou a cabeça, com os olhos fixos para o nada brindou comigo. pude ler o que ele dizia com os olhos e tudo que se passava em sua mente. ele precisava de alguém por ele, ali. tão vulnerável, delicioso, atrativamente necessitado.
o levei em casa e amanhecemos em sua cama. como havia pensado previamente: delicioso! antes que acordasse e quizesse saber mais do que deveria sobre mim, como por exemplo meu nome, eu sai.
semanas depois estávamos no mesmo lugar. ele não me viu.
eu lá, a procura de mais vulnerabilidade misturado com corpos definidos e ele com outra dose tripla, comentando com um camarada ao lado, o quão filha da puta são as mulheres.
homens...
não podem se deparar com alguma mulher que não romantiza toda a questão do sexo e se sentem ofendidos por comer e não sair primeiro sem dar informações básicas.
por que isso parece ofensivo? por que sentir sensação de uso se ambos estão lá por livre e espontânea vontade?
Aline Tófalo.
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