domingo, junho 3


Então ela chorou. Todos compreenderam seu choro, e não perguntaram nada,
nem tentaram consolá-la. Os traços de seu rosto pareciam desfazer-se 
com as lágrimas. Mas os ombros não tremiam, e não havia nenhuma 
contração em sua boca, nenhum som em sua garganta. Sem revolta, ela 
aceitava. E chorava pela perdição de aceitar o que não pode ser 
modificado
Caio Fernando Abreu.

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